Retiro na cidade-8- o paladar de Deus
Foto da net: O paladar de Deus
A Palavra de Deus
« Este é o meu corpo que é para vós. Fazei isto em memória de mim. »
Primeira carta do Apóstolo São Paulo aos Coríntios, Cap 11, vers 24
A meditação:
Depois do seu baptismo, o Espírito conduz Jesus para o deserto. Alí, ele conhece a fome e as tentações que vêm com ela: Porquê não mudar as pedras em pão? Colocando-lhe esta questão, o diabo sugere que a criação de Deus tem um problema, que ela é um obstáculo à vida do homem: seria mesmo muito simples se as pedras fossem comestíveis!
Para nós também, o jejum é um clássico dos esforços da quaresma, mas não o olhamos nós com os olhos do demónio, quer dizer como um meio de escaparmos às restrições que nos impõem o nosso corpo e as suas necessidades?
O jejum não vem negar a fome, mas revelá-la, ensina-nos que não comemos apenas para ficarmos saciados, mas para aguçar em nós o desejo de um verdadeiro, de um outro alimento.
Jesus resistiu às tentações no deserto, mas fez ainda melhor dando-nos a eucaristia: ele reconcilia em nós a fome corporal e a espiritual. Comer ou beber já não são distracção que nos afastam da nossa vocação, mas como indicadores directos do que nos alimenta realmente. O verdadeiro sacrifício, é reconhecer que a criação não é uma armadilha a evitar, mas um presente, a ocasião de reencontrar o seu Autor a cada garfada.
Traduzido de: http://www.retraitedanslaville.org por Ana Loura
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