Eu amo-Vos Jesus pela multidão que se abriga dentro de vós, que ouço, com todos os outros seres, falar, rezar, chorar, quando me junto a Vós.
TEILHARD DE CHARDIN

sábado, 30 de novembro de 2013

A alegria que vem do Evangelho

Sobre a exortação apostólica do Papa Francisco uma súmula:



 
1. O Papa Francisco não é diluente. Afinal, o Papa Francisco até se mostra muito acutilante e bastante exigente.
Não abandona nenhum elemento da doutrina. E insiste imensamente no testemunho de vida.

2. É preciso que a Igreja deixe de se referir a ela mesma. É fundamental que a Igreja saia, que vá ao encontro.
Que pare junto das pessoas. Que, sem excluir ninguém, dê prioridade aos mais pobres, aos que estão nas periferias.

3. O Papa não quer uma Igreja sentada, consumindo o tempo apenas em congressos, simpósios e reuniões.
Ele pretende uma Igreja de joelhos e de pé. Enfim, uma Igreja orante e caminhante.

4. Neste sentido, prefere «uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças».
Decididamente, ele não quer «uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos».

5. Para isso, é urgente que a Igreja emagreça as estruturas. É imperioso que o Evangelho perpasse, que nunca se desfaça e que sempre nos refaça.
É decisivo que as energias se gastem na missão e não se desgastem em tantas adiposidades que os séculos foram introduzindo.

6. A leveza do Evangelho reclama uma cura da obesidade burocrática que tão aprisionados nos retêm.
Não raramente, parece que vivemos entalados entre uma bulimia funcionalista e uma anorexia vivencial.

7. O Papa oferece-nos uma exortação apostólica, mas o seu impacto não será seguramente inferior ao de uma encíclica.
É um texto que vem na sequência do Sínodo dos Bispos. Mas as marcas impressivas de Francisco estão lá.

8. A «Evangelii gaudium» é, além do programa de um pontificado, uma espécie de «manifesto contra o instalamento».
Ela convoca-nos para a renovação da Igreja e para a transformação da humanidade.

9. Num mundo diferente, a Igreja não pode ser indiferente.
Ela tem de fazer coro com quem diz «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia».

10. No deserto em que o mundo se tornou, os cristãos são chamados a ser «pessoas-cântaro para dar de beber aos outros».
Assim imitaremos Jesus, «o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa, que Se identificou especialmente com os mais pequeninos (cf. Mt 25, 40)».
Pe. João Teixeira
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Nuvens

No meio das nossas nuvens a oração é um bálsamo..não estamos sós...