Eu amo-Vos Jesus pela multidão que se abriga dentro de vós, que ouço, com todos os outros seres, falar, rezar, chorar, quando me junto a Vós.
TEILHARD DE CHARDIN

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Retiro dos Dominicanos - Sacrificar os sacrifícios

Retiro na cidade - 6
A Palavra de Deus
« Quero o amor e não o sacrifício. »
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus, Cap 9, vers. 13
A meditação
Jesus disse-o claramente, o que Deus espera dos homens não são sacrifícios. Ele não quer este ou aquele presente, ele não nos obriga a esta ou aquela privação. Na nova relação que Jesus vem criar entre Deus e os homens, o sacrifício está fora de questão. E nós estamos perfeitamente de acordo com ele!
Com outras designações, a realidade torna-se portanto numa experiência quotidiana. Para os pais por exemplo, que estão prontos a fazer sacrifícios, e que os fazem concretamente pelos seus filhos, pela educação deles, para os tornarem felizes. Por cada um de nós também, ainda que um pouco misteriosamente, fazendo esforços, dando-nos problemas, sentimo-nos existir.
Será preciso, pois, sacrificar os sacrifícios? Desembaraçarmo-nos deles, como de uma coisa de perniciosa que nos impede de desabrochar? Podemos sonhar com isso. Mas Jesus não funciona nunca desse modo. Não faz tábua rasa nas nossas vidas, ele não suprime o que existe para o substituir por alguma coisa nova, de estranha. Ele endireita pelo contrário o que somos, ele repõe cada coisa no seu lugar para que a vida circule de novo.
O sacrifício pode assim ser transformado, para deixar de ser um fim em si, mas um momento na expressão de um amor pronto a enfrentar os obstáculos, a empenhar-se fisicamente, a fazer tudo o que pode para ver realizados os seus projectos.
Traduzido de www.retraitedanslaville.org por Ana Loura

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