que escreveu assim para que ao entender não nos falte o sopro, que enfuna as velas para onde o barco da nossa vida se deve dirigir:
No dia em que, diante do sofrimento da enfermidade ou da dureza da vida, a nossa sensibilidade espontânea não reagir dizendo: ‘Senhor, por que me mandas isto? Que pecado cometi? Por que não o remedeias?... “, porém antes se expande dizendo: ‘Senhor, sei que isto te dói como em mim e mais do que em mim; sei que tu me acompanhas e me apoias, embora eu não te sinta...’, nesse dia o Deus de Jesus recuperará para nós seu verdadeiro rosto: o do Antimal que nos sustenta e acompanha com seu amor.
Então, poderemos anunciar aos outros a ‘boa notícia’ de um Deus que não só não aliena, mas que ‘consiste’em fortalecer, libertar e salvar. Então nossa práxis, no seguimento de Jesus recuperará o seu sentido no serviço aos outros na luta contra o mal: no copo d’água individual e nos compromisso com o pão, a liberdade e a justiça para todos.
Andrés Torres Queiruga
1 comentário:
E isso é tão verdade...uma verdade que se sente. No meu último internamento no IPO, estava a meu lado uma senhora idosa muito queixosa, mas crente, percebia-se. Ao entardecer, depois da saída das visitas, passei a convidá-la para rezarmos a liturgia das horas e notei que isso lhe fazia bem. Quando nos despedimos, ela disse algo deste género: "Tanto pedi ao Senhor que não me deixásse só e Ele mandou-a para a cama ao lado da minha!"
O Senhor serviu-se da minha voz para aliviar a sua aflição. E eu fiquei-Lhe infinitamente grata por me ter permitido transformar as minhas dificuldades em préstimo...tão grata, que nada já me doía...
LMA
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