Quando eu era jovem, a
corrente que me arrastava corria forte e
rápida. A brisa da primavera derrotava-se
a si mesma, as árvores ardiam em flores e
os pássaros não dormiam, cantando sem
parar.
Naveguei vertiginosamente,
Arrebatado pelo dilúvio da paixão. Eu não
tinha tempo para ver, sentir ou deixar que
o mundo entrasse em meu ser.
Agora que a maré da juventude
Baixou e eu restei na praia, posso ouvir a
Profunda música de todas as coisas, e o céu
abre para mim o seu coração cheio de estrelas.
(Tagore, 1991,p.38)
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